O diabetes gestacional é a complicação de saúde mais comum na gravidez e ocorre quando os níveis de glicose no sangue ficam elevados. Essa condição pode trazer riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.

Mulheres que tiveram diabetes gestacional têm maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro. Nos primeiros cinco anos após o parto, esse risco é 10 vezes maior e, em até 10 anos, pode chegar a 16 vezes mais.

Além disso, se o bebê pesar mais de 4 kg, o risco de complicações no parto aumenta. A exposição a altos níveis de glicose pode levar ao crescimento excessivo do bebê (macrossomia fetal), tornando o ambiente intrauterino desfavorável e elevando o risco de hipoglicemia neonatal, além de aumentar as chances de obesidade e diabetes na vida adulta.

Durante a gestação, os hormônios produzidos pela placenta podem aumentar os níveis de açúcar no sangue. Para equilibrar esse efeito, o pâncreas precisa produzir mais insulina.

No entanto, em algumas mulheres, essa compensação não acontece de forma eficaz, resultando no desenvolvimento do diabetes gestacional.

Além disso, existem fatores de risco que podem aumentar as chances de desenvolver a diabetes gestacional, como por exemplo:

  1. Idade avançada: Mulheres com 35 anos ou mais.
  2. Obesidade ou sobrepeso: Excesso de peso antes da gestação.
  3. Ganho de peso em excesso na gestação.
  4. Histórico de diabetes gestacional: Mulheres que tiveram DMG em gestação anterior.
  5. Histórico familiar de diabetes tipo 2: Ter parentes próximos com diabetes tipo 2.
  6. Síndrome dos ovários policísticos (SOP).
  7. Sedentarismo: Falta de atividade física.
  8. Pré-diabetes ou glicemia alterada: Glicemia alterada antes da gestação.
  9. Uso de medicamentos: Alguns medicamentos, como corticosteroides.
  10. Gravidez múltipla: Gestantes de gêmeos ou mais.

É importante lembrar que, mesmo sem esses fatores de risco, qualquer gestante pode desenvolver diabetes gestacional.

Por isso, o acompanhamento pré-natal é fundamental para um diagnóstico precoce e um controle adequado da glicemia.

Como saber se tenho diabetes gestacional

Para diagnosticar o diabetes gestacional, o médico solicita o exame de glicemia em jejum já na primeira consulta do pré-natal. Se o resultado for igual ou superior a 92 mg/dL, o diagnóstico é confirmado. Caso o valor seja inferior a 92 mg/dL, a gestante deverá ser reavaliada no segundo trimestre da gestação.

Vale lembrar que, mesmo sem o diagnóstico inicial de diabetes gestacional, é importante realizar o teste oral de tolerância à glicose (TOTG) entre a 24ª e a 28ª semana de gestação para verificar se a condição se desenvolveu ao longo da gravidez.

O diagnóstico de diabetes mellitus gestacional (DMG) é confirmado quando pelo menos um dos seguintes valores de glicemia for identificado:

  • Jejum: ≥ 92 e < 126 mg/dL
  • 1 hora após o TOTG: ≥ 180 mg/dL
  • 2 horas após o TOTG: ≥ 153 e < 200 mg/dL

Se a glicemia em jejum for ≥ 126 mg/dL ou o valor de 2 horas for ≥ 200 mg/dL, considera-se um diagnóstico de diabetes tipo 2, que está associado a um risco maior de complicações durante a gestação.

Se você foi diagnosticada com diabetes gestacional, é essencial buscar orientação de uma nutricionista especialista em diabetes gestacional para ajustar a alimentação e suplementação, garantindo um melhor controle glicêmico e uma gestação mais saudável.

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Comentários

Respostas de 2

  1. Que legal ter encontrado está página, fui diagnosticada com diabete gestacional nesta semana e estou pesquisando sobre o assunto para me alimentar melhor. Estou com 35 anos e de 35 semanas de gestação. Quando realizei o teste de tolerância a glicose não acusou a diabete, mas ao refazer o exame de glicemia em jejum o resultado foi maior que 92mg/dl.

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Especialistas em alimentação de gestantes, gestação saudável, diabetes gestacional e gestação de risco

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