Com o crescimento do bebê, a Introdução Alimentar é necessária para que ele receba outros tipos de alimentos além do leite materno. Esse período também é conhecido como Alimentação Complementar.

Assim, a Introdução Alimentar será um período de novas descobertas de sabores, aromas e texturas. E todas essas descobertas contribuirão tanto para a boa nutrição e o desenvolvimento, quanto para influenciar com bons hábitos alimentares que a criança poderá levar para a vida toda.

Ao iniciar a mudança do aleitamento materno para uma Introdução Alimentar, é necessário se ater a vários cuidados. Essa transição deve ser lenta e gradual, com alimentos variados e naturais, lembre-se sempre de respeitar o apetite do bebê.

Desta forma, o bebê irá se acostumar a ter uma alimentação sem causar desconfortos, o que torna o processo de descobertas prazeroso e com muitos aprendizados.

A importância do Aleitamento Materno

O leite materno é de longe o alimento mais nutritivo para qualquer bebê, pois é considerado o alimento mais completo do mundo. Não é à toa que é o primeiro alimento do recém-nascido.

A importância do aleitamento materno

A importância do Aleitamento Materno. Fonte: Freepik.

Ele contém todos os nutrientes necessários para o crescimento do bebê, além de diversos anticorpos que ajudam na imunidade e componentes que ajudarão na formação da microbiota intestinal.

Nutrição completa para o bebê

O leite materno também modifica a sua composição conforme o estado de saúde do bebê. Desta forma, a mãe produz o leite com diferentes níveis de proteínas, vitaminas e anticorpos que vão ajudar a restabelecer a boa saúde do bebê.

Como o leite é um canal de passagem de nutrientes e outros elementos da mãe para o bebê, a mãe precisa ter sempre cuidado com a sua alimentação para que possa produzir o leite materno mais nutritivo possível. 

Assim, a mãe deve incluir na sua rotina comidas nutritivas, que auxiliarão na composição do leite materno. Os vários nutrientes como legumes, frutas e verduras auxiliam numa boa composição do leite.

Segundo o Ministério da Saúde, o leite materno é perfeito para as crianças e garante o desenvolvimento saudável do bebê, por esse motivo é necessário até o segundo ano de vida ou mais.

Primeira proteção imunológica

Sabe-se que o aleitamento é muito importante para a saúde e bem-estar da criança. Por isso, é recomendado que o bebê seja alimentado até o sexto mês de idade exclusivamente com o leite materno.

A partir dessa idade, se a criança apresentar os sinais de prontidão será indicado incluir na alimentação água, frutas, verduras, legumes, tubérculos, feijões e carnes, o que não impede que o bebê continue a ser amamentado.

O leite materno tem uma composição balanceada que atende às necessidades fisiológicas dos bebês. É de fácil digestão, sacia a sede e fornece a primeira proteção imunológica para bebês, e ajuda a protegê-los contra:

  • Diarreia;
  • Inflamação do ouvido;
  • Doenças respiratórias;
  • Dentre outras.

A sucção também é um movimento importante para o desenvolvimento normal dos músculos faciais do bebê. Inúmeros são os benefícios trazidos pela amamentação.

Amamentação e inteligência

A amamentação, além das várias vantagens já ditas, também é muito importante para o desenvolvimento intelectual do bebê.

Diversas pesquisas científicas comprovam que as pessoas que foram amamentadas por mais tempo possuem um QI maior que aquelas que deixaram o leite materno mais cedo.

A diferença chega a ser de 3,4 pontos entre crianças que foram mais amamentadas. Com isso, acredita-se que o leite materno possui substâncias essenciais para o bom desenvolvimento da inteligência.

Nos primeiros anos de vida, o desenvolvimento do cérebro é mais intenso, e essas substâncias presentes no leite facilitam o processo.

Com isso, se espera que essas crianças tenham um índice de escolaridade maior e posteriormente uma maior renda. O que contribui para o bom desenvolvimento econômico do país.

Amamentação e sustentabilidade

É importante mencionar ainda como a amamentação contribui para o meio ambiente. Isso acontece, pois, ao oferecer o próprio leite, assim a mãe evita que uma série de problemas ambientais venham a ocorrer.

Caso o bebê não consuma o leite materno, ele terá que consumir o leite industrial. E nessa produção de leite envolve processos como a criação de gado e produção de embalagens. Posteriormente, a produção de resíduo acontecerá.

Na criação de gado, há o gasto de recursos energéticos, como o gasto de água e produção de produtos agrícolas. Já nas indústrias tem a questão das embalagens, que viram resíduos quando não são mais utilizadas.

Esses resíduos são descartados no meio ambiente (quando não há um descarte correto) e contamina os ecossistemas. O ambiente marinho é muito ameaçado pelos plásticos, já que animais e algas são contaminados pelos microplásticos.

Os animais confundem o plástico com alimento, o que causa sua morte, por exemplo. Esse impacto negativo na fauna marinha retorna para o ser humano com a mortandade dos animais e o consumo deles com microplásticos, quando esses animais servem de alimento para nós. Como topo de cadeia alimentar a contaminação chega a nossa mesa.

Então, a amamentação vai além de um bom desenvolvimento do bebê, há também o cuidado com o meio ambiente, ao promovermos a sustentabilidade.

Amamentação no desenvolvimento sustentável

A Organização das Nações Unidas (ONU) desenvolveu alguns objetivos para garantir um mundo mais sustentável. Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável é uma agenda que inclui a amamentação sempre que possível para que o mundo seja mais sustentável e justo.

Isso porque, para pesquisadores da área, o leite materno é o mais completo alimento e não precisa de uma série de etapas para que cheguem até a criança.

A amamentação pode diminuir a desigualdade, mortalidade e danos ambientais. E ainda, promove uma boa relação mãe e filho e aumenta a saúde da criança.

Conheça mais sobre o leite materno

Quando se fala de leite materno, os benefícios não param, no entanto, alguns assuntos são importantes para que possamos compreender melhor as suas propriedades.

Vamos falar mais sobre outras informações relevantes relacionadas a amamentação durante algumas de suas diferentes fases e características.

Conheça mais sobre o leite materno

Conheça mais sobre o leite materno. Fonte: Freepik.

Será que você conhece todos os termos abaixo relacionados sobre amamentação? Conheça mais sobre o leite materno a seguir.

Colostro

É o nome dado ao primeiro leite produzido pela mama nos primeiros dias após o parto. É rico em proteínas, de cor levemente amarelada, e é responsável pela transmissão de anticorpos ao bebê.

Esse leite secretado nos primeiros dias após o parto é importante para o pequeno estômago do recém-nascido. Isso porque ele é mais facilmente digerido e fornece os nutrientes já citados. Ele ativa o sistema imunológico e o intestino do bebê.

Quando o “leite desce”

É quando o leite materno de colostro se transforma em “maduro”. Torna-se mais esbranquiçado e é produzido em maior quantidade.

Pode acontecer a partir do terceiro dia. Quando o bebê suga o colostro, estimula a produção de mais leite e há a transformação para o leite “maduro”.

Fase da mamada

Após a descida do leite, o bebê passará a mamar várias vezes ao dia e, desse modo, a mãe aumentará a sua produção para satisfazer as necessidades do seu bebê.

Lembre-se de que não existe leite fraco!

Alguns motivos levam as mães a pensarem que o leite pode ser fraco. O choro excessivo da criança, o aumento da vontade de mamar, por exemplo.

Porém, vale lembrar, que não existe leite fraco. O que acontece é que nos primeiros dias de vida os bebês estão em processo de aprendizado de como se comunicar e por isso, pode chorar algumas vezes.

Bem como está em processo de aprendizado de como se alimentar e naquele primeiro momento pode não ter se saciado. Portanto, não desista de amamentar seu filho!

As mães também têm várias vantagens ao amamentar seus bebês. Além da conexão emocional, a amamentação acelera a perda de peso e faz com que o útero retorne ao tamanho normal mais rapidamente, o que evita assim a anemia.

Além disso, previne e/ou reduz as chances de doenças futuras, como:

  • Depressão pós-parto;
  • Hipertensão;
  • Diabetes tipo 2;
  • Câncer de mama e ovário.

Como ficam as mamadas durante a Introdução Alimentar?

Esse tema gera muitas dúvidas entre as mães, e causa as vezes um certo nível de expectativa, afinal, além de ser mãe há muitos outros compromissos no dia a dia. Estudar, trabalhar, cuidar da casa e milhares de outras coisas.

Como ficam as mamadas durante a introdução alimentar

Como ficam as mamadas durante a Introdução Alimentar? Fonte: Freepik.

Quando chega o momento da Introdução Alimentar, é importante estabelecer uma rotina com os horários das novas refeições e o aleitamento ainda em livre demanda, afinal, o leite materno continuará a ser a base da alimentação do bebê até 1 ano de idade.

A partir dessa fase é necessária uma certa organização para preparar as comidinhas do bebê e isso requer tempo e organização para se adaptar.

Rotina nova, novas regras! É hora de reorganizar os horários, e alternar as mamadas e a nova alimentação!

Por mais que o leite materno ou a fórmula infantil sejam os alimentos mais importantes para o bom desenvolvimento de seu filho, há a necessidade de aos poucos apresentar outros alimentos para o bebê.

Visto que é um momento transição, essa nova dinâmica deve ser feita de forma suave e tranquila.

Amamentar pode atrapalhar a aceitação alimentar?

Ao contrário da visão popular, amamentar não atrapalha a aceitação de novos alimentos, isso é um grande mito!

Por isso, o leite materno é a principal fonte de nutrição para bebês de até um ano. Após essa idade o leite continua a ser importante, porém atua como um complemento da alimentação saudável.

Para evitar problemas é importante mostrar ao bebê novos sabores. A introdução alimentar acontece junto com a amamentação. A medida que ele descobrir novas comidas, ele vai se adaptar aos poucos aos novos alimentos.

Amamentar pode atrapalhar a aceitação alimentar?

Amamentar pode atrapalhar a aceitação alimentar? Fonte: Freepik.

Lembre-se: durante a fase de Introdução Alimentar, o foco não é a quantidade de alimentos, mas sim a qualidade e a formação de hábitos de alimentação saudáveis.

Quanto tempo após a refeição o bebê pode mamar?

Pode se amamentar a qualquer momento do dia, seja antes, após e as vezes até durante a alimentação. Porém, em alguns casos, onde a criança rejeita a alimentação, é interessante que se dê um intervalo da mamada antes das refeições.

E se o bebê não quiser comer e pedir para mamar?

O leite materno é o alimento ideal. É mais nutritivo do que qualquer outro tipo de alimento nessa fase.

Se o bebê não quiser comer e preferir mamar naquele momento, tudo bem. Mas tente oferecer os alimentos novamente um pouco mais tarde para aos poucos seu bebê se adaptar.

E se o bebê não quiser comer e pedir para mamar?

E se o bebê não quiser comer e pedir para mamar? Fonte: Freepik.

Nessa fase de Introdução Alimentar é comum os bebês comerem e mamarem após as refeições. É normal isso acontecer, e o leite materno não irá atrapalhar a absorção dos nutrientes da comidinha do bebê.

Afinal, é muita novidade para seu bebê e essas adaptações podem levar um certo tempo, mas com muita paciência, tudo vai se ajustar.

No caso de dúvidas ou se necessitar de apoio durante a Introdução Alimentar de seu bebê procure um nutricionista materno infantil, ele é o profissional mais indicado para lhe auxiliar nessa fase!

Paula Stancari Nutricionista On-line
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